segunda-feira, 22 de agosto de 2016

chorar (tratamento de choque)

"Chorar ajuda por um tempo, mas depois é preciso parar de chorar e tomar uma decisão."
(C.S. Lewis: do livro As Crônicas de Nárnia)

A gente sempre acredita que não deve chorar. Que, quando um relacionamento acaba, não devemos demonstrar o sofrimento pelo choro. Ou pelo menos é isso que dizem... Aquela famosa frase que nos acompanha desde a infância: "Engole o choro!".
Eu posso dizer (sempre digo as coisas do meu ponto de vista, claro!, tendo como sustentação somente minha experiência) que não é bem assim. Chorar faz um bem danado. Mas só vale se a gente chorar bastante. Até os olhos ficarem vermelhos, inchados e você não ter coragem de se olhar no espelho.
(AH!! O ESPELHO!!!)
Chorando, a gente pode pôr pra fora toda aquela dor, todo desespero por não esperar mais nada. Por isso tem de chorar até não poder mais. Aí, depois de expurgar tudo o que nos faz mal e nos intoxica, a gente vai até o espelho... E toma um susto, claro! Olha bem (se for forte) a imagem refletida no espelho e... e não se reconhece. A gente vê um rosto deformado e feio e não consegue se enxergar ali. É o tratamento de choque...rs...
A gente se sente a pior das criaturas! Fica com raiva por estar naquele estado (primeiro a gente tem raiva "dele", que nos abandonou e nos fez chorar até ficar daquele jeito; depois a gente tem raiva da gente mesma, porque deixou que "ele" fizesse aquilo com a gente). Nesse momento de raiva também é bom chorar (nossa! chorar de raiva lava a alma!!! sai tudo de ruim!!)
Depois de se olhar no espelho, a gente entende por que foi importante chorar. A gente se sente mais leve, mais livre, e começa a entender que está pronta para começar a melhorar aquela cara horrível. Porque a gente não gosta de se ver assim. Porque a gente não é assim. E aí a gente dá um sorriso (ainda tá tudo muito dolorido... mas a gente pode sorrir). E quando a gente consegue sorrir, percebe que fica menos feia... (ainda não tá bonita, calma!!). Quando a gente sorri, depois de ter chorado muito, é como se numa mágica a dor diminuísse.
Você (que me lê agora) deve estar querendo saber de onde eu tirei isso... É justo! Eu vou avisando logo, essas reações que acabo de relatar não vêm de nenhuma pesquisa científica, não foi comprovado por especialistas nem estatísticas. Aconteceu comigo.
Mas e depois que você sorri?
Ah! depois que você sorri, você ganha forças para agir. Vai pro quarto e se livra de todas as lembranças imediatas (tem de ser assim, neste momento tempestivo). Se vivam juntos, essa é a hora de juntar as tralhas dele e jogar tudo numa caixa, ou saco de lixo... Bom... mas essa experiência eu conto depois!
Por hoje, eu só queria falar da importância de chorar.


domingo, 21 de agosto de 2016

mude

Mude

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.

Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
Viva outros romances!

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.O novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.

A nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde, ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabonete,
outro creme dental.
Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas.
Troque de carro.
Compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Arrume um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.

Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.


Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.

Só o que está morto não muda!
Edson Marques.

http://mude.blogspot.com.br/p/poema-mude.html

fica a dica

Uma coisa que a gente (que se apaixona por "qualquer um") precisa começar a fazer é acreditar na própria intuição. Sabe aquela pontada que dá no estômago, aquela dorzinha de cabeça, aquele ardor nos olhos (e nos casos mais graves: febre, enjoo, coceira...rsrs) que a gente sente depois de conhecer alguém? Então, acredite, seu corpo está "falando" que não vai rolar... é sério!
Vou contar como foi que eu descobri isso:
Conheci um moço superfofo.. (ai... um amigo me diz sempre que "fofa/o" é um rótulo que usamos  para quem a gente não quer levar pra cama...rs.. mas vou usar assim mesmo!). Então.. o cara era muito bacana mesmo, ótimo papo (isso sempre conta muito, claro) e tals... Passamos a noite juntos! Foi ótimo! Durante a conversa ele insinuou que "eu era muita areia pro caminhãozinho dele". Dito e feito. Eu nem precisava ter ficado com dor de estômago ao sair da casa dele no dia seguinte.. mas a gente não acredita no óbvio!

sábado, 20 de agosto de 2016

abandono


"Frequenta o abandono quem vive um quase namoro, fantasia reciprocidade, aceita abraço frouxo, conversa sem olho no olho, ausência de carícia.

Frequenta o abandono quem chama a rejeição de saudade, implora por qualquer fiapo de atenção, enfeita sua própria desvantagem. Frequenta o abandono quem vê na recusa uma possibilidade de mudança ignorando os sinais óbvios da distância. Frequenta o abandono quem não reconhece que ser bem tratada não é um mérito, mas uma condição e segue chamando migalhas de banquete. Frequenta o abandono com assiduidade quem se contenta com tão pouco que o Outro para mantê-la descobre que pode dar cada vez menos. Frequenta o abandono quem não está disponível pra viver um romance porque namora um drama." Marla de Queiroz (autora dos livros: Flores de dentro, Ainda é muito cedo para ser tarde demais)

estreia

Inicio hoje oficialmente as postagens autorais.
Antes de qualquer especulação literária, vou avisando que o objetivo deste espaço é de cura. Todos nós passamos por dificuldades em todas as esferas (crises profissionais, financeiras, problemas de saúde, fim de casamento/relacionamento, etc.). Minha intenção primeira é deixar registros que ajudem de alguma forma a lidar com essas baixas.
Quero esclarecer também que, como a minha escrita é voltada quase exclusivamente para o Amor, é sobre esse tema que os posts devem discorrer!
Relutei bastante para iniciar este blog. Primeiro porque não sou dada a narrativas (textos em prosa)... e não me sentia muito confortável. Depois, porque minha poesia versa sempre sobre amores bem correspondidos, transas maravilhosas, beijos inebriantes... Não gosto de escrever sobre a dor.
Mas...
Sempre há adversativas!!
Há alguns anos meu corpo foi acometido por uma doença (física) cujo diagnóstico não se consegue obter desde então. (É possível que você que está lendo e me conhece pessoalmente saiba do que estou falando.) Fui a vários especialistas, fiz um sem-número de exames e nada. Não vou me estender aqui a respeito disso porque não tem a menor importância. Em cada um de nós a manifestação (doença) se dá de maneira específica, já que o corpo fala e temos um corpo (físico) só!
Acredito também que, à medida que eu for melhorando de saúde, minhas postagens devem diminuir. Então... não garanto que a atualização deste blog tenha regularidade! Mas espero, do fundo do meu coração, que estas postagens sirvam de "remédio" para quem passar por aqui!

http://debsketches.tumblr.com/post/148640404065/o-vaso-pode-ser-um-namoro-trabalho-fam%C3%ADlia-ou

"O vaso pode ser um relacionamento amoroso, mas também pode ser qualquer pessoa ou grupo que te faça se sentir insuficiente, errado. Às vezes a gente se poda tanto para ter a aprovação dos outros... É tão libertador quando percebemos que não precisamos de nada disso.
Podemos ser árvores e não bonsais ornamentais na vida de outras pessoas."